terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Os macacos precisam viver


Expresso meu  repúdio e indignação com relação ao assassinato de macacos, em detrimento da febre amarela.
Além de crime ambiental é uma covardia sem tamanho. Cabe prisão inafiançável e pagamento de multa. Fico me perguntando em que mundo as pessoas vivem. Todas as mídias explicam a como ocorre à forma de transmissão, que é realizada pelo mosquito. O primata é somente um inocente hospedeiro da doença, ele não transmite o mal.
O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros (CPB) chegou a divulgar no ano passado que “os macacos são fundamentais no controle da febre amarela em humanos, desempenhando o papel de sentinelas sobre a circulação do vírus”. Na prática, isso quer dizer que a morte natural dos macacos aponta os possíveis lugares que podem ser foco de uma epidemia da doença, que leva à morte.
A única e eficaz forma de prevenção é a vacinação. Mas parece que alguns populares preferem fechar os olhos e os ouvidos para essa realidade. E olha que a vacina é de graça, hein!
Instrução e respeito tanto por seres humanos, quanto pelos animais são as palavras de ordem para se viver em sociedade, e se está muito difícil, é melhor virar um herege e morar em uma caverna isolada do mundo.  Mas aí acho que não vai dar muito certo... Porque vai que ... algum mal educado resolva dar fim a vida do ser estranho que se esconde da realidade, por conta de alguma “endemia” presente nesse habitat, causada pelo vírus conhecido como “ignorância”. Ele é muito mais grave nos dias atuais do que o da febre amarela. Isso porque a doença do corpo tem vacina para evitar, já a da alma, essa só nascendo de novo por mais alguns séculos.

Renata Girodo