Há quem diga que os gatos não gostam dos donos, mas sim da
casa. Ledo engano, pois os peludos retribuem o amor conforme recebem. É bom que
se entenda que, diferente de outros animais, eles são felinos e, portanto, animais
territorialistas, que dão grande importância ao ambiente em que vivem.
Gostam de marcar o seu espaço e deixar claro que aquele
lugar é deles. Por esse motivo, para deixarem o seu cheiro, que é a marca
registrada, se esfregam em móveis, objetos e até no próprio dono - que
consideram um ser igual a eles no nível hierárquico da cadeia evolutiva.
A maior parte dos bichanos que são mantidos somente em casa
e não têm acesso a rua, detestam visitas estranhas e a presença de novos
animais no seu lar. Mas com o tempo e a frequência das presenças de seres
humanos ou de outros pets tudo se encaixa. Ainda que não curtam muito a ideia,
e não se tornem melhores amigos dos hóspedes vão se acostumar com a situação.
Quando ameaçados, se escondem nos lugares mais improváveis, como
em cima de guarda-roupas e dentro de gavetas. Eles estão sempre em estado de
defesa, pois acreditam que a qualquer
momento podem se deparar com um possível ataque de um “inimigo”. Aliás, cada
cômodo da casa, é para eles uma área de combate e caça que pode ser mortal.
Amor com amor se paga
Apesar de independentes, eles agradecem todo o carinho que
ganham. Os peludos estabelecem comunicação de diversas maneiras: pelos sons que
emitem, incluindo o ronronar, pela postura, pela maneira com que se locomovem, pela
direção das orelhas e dos bigodes, entre outros. Quando estão muito felizes
podem ronronar e virar de barriga para cima, ao passo que quando estão
irritados, vocalizam e demonstram com uma espécie de sopro, além de um miado
mais longo que não estão a fim de participarem de determinada brincadeira. Os donos
dos pets já conhecem todos os hábitos dos filhos de quatro patas. Essas
evidências só ficam claras por conta do convívio e da troca de experiências.
Portanto, já está mais que comprovado que eles podem ser amáveis e muito
companheiros, assim como outros animais de estimação. No entanto, é preciso
respeitar o espaço deles e as suas limitações, pois assim como os seres
humanos, os animais também possuem personalidades diversas que, vão se
desenvolver ao longo da vida deles.