Cães e gatos também sofrem de problemas auditivos. Alguns
nascem surdos por conta da herança genética e outros desenvolvem doenças que
causam a surdez. A idade avançada também é um fator importante que pode acarretar
o problema.
Quando um filhote é levado para casa é importante verificar
se ele não sofre com a disfunção. Pets que dormem muito e não acordam nem com barulho,
que não respondem a estímulos quando chamados, ou que se assustam facilmente
quando são abordados, podem ser deficientes auditivos.
Só o veterinário consegue descobrir se o problema é
reversível ou irreversível e qual a sua causa. Portanto, na dúvida, procure
ajuda médica.
Apesar de especialistas ainda não chegarem a um consenso
sobre o assunto, acredita-se que os gatos brancos e de olhos claros têm mais
chances de não ouvirem do que os de demais tonalidades. Os cachorros da raça Dálmata
e Bull Terrier também teriam possível pré-disposição.
Amigo para todas as
horas
Ter outro animal de estimação, normalmente, auxilia o pet
surdo nos momentos das tarefas diárias. Ele segue o fluxo. Mesmo que sem querer, o
animal surdo acompanhará o seu amigo na porta para receber o dono, ou correrá
no prato de comida na hora da ração. Inconscientemente, o outro animal se torna
uma espécie de guia para funções básicas.
Os bichinhos especiais também possuem o olfato, visão, tato
e o paladar mais apurados para suprirem a sua deficiência. Além disso, eles sentem
todos os tipos de vibração, como ao andarmos, ou batermos palmas, por exemplo. Eles
desenvolvem e apuram mais os sentidos como forma de sobrevivência.
Rua sinônimo de
perigo
Não deixe o seu gato e nem o seu cachorro a mercê dos perigos
da rua, principalmente se ele tiver qualquer tipo de deficiência. Os pets surdos
são presas fáceis de outros animais e podem ser atropelados ao atravessarem a
rua ou dormirem em baixo de um carro.
Dicas
Mesmo que o seu animal não acesse a rua, coloque nele uma
placa de identificação, com o seu nome e o dele, telefone e tipo de
deficiência;
Se puder monitorar o sono do pet, acorde-o para que possa
tomar água, comer e fazer as necessidades fisiológicas.
Depoimento real
Tenho um caso verídico na minha casa. Descobri que o meu
gato Noah, branco e de olhos azuis, era surdo, ainda na fase filhote. Fiquei
desconfiada por ele não vir comer quando eu chamava, por dormir demais e por
não ter desenvolvido medo do aspirador de pó que é muito barulhento. Pelo
contrário, enquanto eu limpava o tapete e o sofá, o bichano deitava do lado, ao
passo que os outros se escondiam. Comecei a fazer testes de som, sempre pelas costas, sem que ele me visse. Depois de vários dias, e nenhum retorno, realmente percebi que ele era surdo.
Mas, a deficiência não impede que Noah seja um gato muito amado e feliz!
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Foto Renata Girodo/Noah deficiente auditivo |
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